quinta-feira, 7 de maio de 2020

NOTA CONJUNTA


Os Policiais Militares e Bombeiros Militares do Rio Grande do Norte estão na linha de frente no combate ao CORONA VÍRUS. Os militares continuam cumprindo seu dever de proteger, servir, socorrer e salvar pessoas e bens. Trabalhamos diuturnamente na guerra contra a violência e agora para a preservação da saúde do cidadão potiguar. 

Diante da intensificação dos trabalhos e do risco de contaminação destes profissionais (já são vários os casos de militares infectados) o mínimo que se espera é ter as condições adequadas para o bom desenvolvimento dos trabalhos. Lamentavelmente não é o que está acontecendo no RN. Temos casos de policiais que, durante o serviço, não tem sequer acesso à água. Precisamos, como todos àqueles que estão na linha de frente, de Equipamentos de Proteção Individual (EPI's), de uma rotina de desinfecção das viaturas, das instalações e dos equipamentos. Não bastassem vários riscos inerentes à atividade de segurança pública a que os militares estão expostos rotineiramente, acrescenta-se agora o risco real à saúde do militar.

Temos clareza dos riscos e a consciência da importância do nosso trabalho. Temos o compromisso assumido solenemente de proteger, servir, socorrer e salvar “mesmo com o risco da própria vida”. Precisamos, para bem cumprirmos nosso dever, que o Governo do Estado reconheça de fato a importância e o valor dos Policiais Militares e Bombeiros Militares do Rio Grande do Norte.

O fornecimento de Equipamentos de Proteção (EPI’s), de alimentação, de água são obrigações elementares que raramente o Estado consegue cumprir. O mínimo que se espera é que os direitos estabelecidos em LEI sejam integralmente cumpridos. A Pandemia é o maior de todos os inimigos que esta geração se vê obrigada a enfrentar mas não pode, sob nenhuma hipótese, servir de escudo para o descumprimento da LEI e a implementação de direitos consolidados. 

Centenas de Policiais Militares e Bombeiros Militares do Rio Grande do Norte, promovidos em AGOSTO e DEZEMBRO de 2019, bem antes da crise sanitária se instalar em nosso Estado, aguardam paciente e quase que incredulamente, que seus salários sejam regularizados. 

Vejam, promoções ocorridas em 2019, muito antes do surgimento do primeiro caso de COVID-19 no mundo, não foram consolidadas com a atualização do salário e o Governo do Estado usa a crise sanitária para silenciar e empurrar a solução do problema para sabe-se lá quando.

Não estamos pleiteando nenhum absurdo. Não estamos discutindo as distorções entre as carreiras de segurança pública. Pleiteamos que se cumpra o MÍNIMO esperado. Estamos na linha de frente em mais uma guerra que a população do Rio Grande do Norte está enfrentando. Entendemos como razoável que o Governo do Estado cumpra com o MÍNIMO para quem está fazendo o MÁXIMO.

ASSOCIAÇÕES REPRESENTATIVAS DE POLICIAIS MILITARES E BOMBEIROS MILITARES DO RIO GRANDE DO NORTE