terça-feira, 26 de novembro de 2013


Lei de Promoção de Praças

Os trabalhos continuam. 

O período sem Assembleias não significou paralisação da luta. 

Temos agenda para a quarta-feira, 27 de novembro e para a sexta, 29 de novembro.

Somente com nossa união a Lei de Promoção de Praças poderá se tornar realidade.

Participe!

Acesse: http://www.asspmbmrn.org.br/noticias/detalhes/assembleia-geral-unificada-define-nova-agenda-de-mobilizacoes-para-pracas/2294

domingo, 10 de novembro de 2013

Para refletir..

GUERRA VELADA 
As preocupações em qualquer área das relações humanas se intensificam e ganham maior repercussão quando começam atingir as classes mais favorecidas. Nos últimos dias, temos visto uma maior preocupação com a Segurança Pública, que vem sendo pauta até de colunas sociais (e quando essas notícias chegam às colunas sociais é porque atingiram quem naturalmente não deveria ser incomodado com essas frivolidades). 
A situação da Segurança Pública está um caos. E agora não apenas nos discursos reivindicatórios raivosos e radicais dos sindicalistas, que sempre esbravejaram em defesa de uma política mais coerente e prioritária, alertando que a situação tem raízes nas estruturas e na política administrativa que não valoriza o profissional, nem conta com planejamento adequado e investimentos em inteligência,  planejamento  e estrutura. Com as mazelas esparramando pelas bordas e se espalhando para todos os lados, outras vozes começam a esbravejar, antes pacíficas, compreensíveis e moderadas, passam a gritar e a gritar alto, raivosas e radicais, pois estão sendo também atingidas. Comprovando o ditado popular que a dor ensina a gemer.  
Sem querer compor uma ode aos caos, ao sangue e a barbárie. Somos obrigados a constatar que o medo, a carnificina e o derramamento de sangue tornaram-se corriqueiros, (lembrando Friedrich Nietzsche) banalizaram-se. Aos poucos uma sociedade pacífica e cordial, que em tempo de paz , de forma racional buscaria a colaboração mútua e o crescimento social coletivo, passa a ter um comportamento cada vez mais competitivo e agressivo, que sem compreensão e tolerância (lembrando Jesus, o Cristo) perde as afeições naturais e congela o amor. Uma sociedade na qual, cada vez mais, é endeusada a cólera e a vingança.  
Assim caminha a passos largos a humanidade. E no caso especifico do Rio Grande do Norte, onde as rosas tornaram-se espinhos, vivemos uma crescente e assustadora onda de violência. Segundo os dados do anuário da violência divulgados recentemente, nosso estado apresentou, em 2012, um aumento nos homicídios dolosos de 5,2% em relação ao ano anterior. Os crimes de lesão corporal seguida de morte aumentaram assustadoramente em 53,9%. As tragédias não param por aí, as mortes a esclarecer tiveram absurdamente um aumento de 269%. Em 2013, já passamos dos 1300 homicídios. A violência começa a preocupar justamente porque tem atingido as classes sociais mais favorecidas, as donas dos meios e dos fins de produção. Além de apresentar repercussões sociais preocupantes de extermínio da população mais jovem e causado uma sensação de insegurança, medo e terror vivida diariamente pela população.  
Segundo dados do PROERD, “80% dos casos de homicídio e violência entre os jovens estão relacionados ao uso de drogas”. Mesmo a Polícia Civil e Militar superando dificuldades estruturais, desmotivação e tantos outros aspectos filosóficos e políticos cristalinos ou ocultos, não é suficiente para responder a demanda que se avoluma a cada dia tornando-se praticamente impossível o controle e o combate. Aqui louvo e parabenizo de pé todos os profissionais da área pela coragem, dedicação, desprendimento e sentimento público. Recentemente para colaborar com a eficiência do serviço policial, profissionais por conta e iniciativa própria, utilizam recursos para manutenção de viaturas e/ou aquisição de materiais de trabalho, e até as redes sociais para compartilhar informações sobre crimes e suspeitos acusados de atos criminosos. 
Atrelado a tudo isso, ainda existem inúmeros assuntos em voga como: a redução da maioridade penal, reformas na legislação penal, situação de calamidade nas unidades prisionais, greves das polícias, desmilitarização, papel constitucional da guarda municipal, criação da polícia penal, controle externo da atividade policial, falta de estrutura e condições de trabalho, segurança dos profissionais, dentre outros. Fato é que, no cotidiano das ruas as pessoas estão com medo, sendo mortas e assaltadas na porta de casa e do trabalho. Andam com medo e clamam por uma resposta do poder público que inerte, sorri de todos, preocupados exclusivamente com as eleições de 2014. 
Vivemos uma verdadeira guerra velada, enfrentando inimigos que estão em nós mesmos: a corrupção, a arrogância, a indiferença, o preconceito, o consumismo, o autoritarismo, dentre outras mazelas da alma e da sociedade. Nessa guerra, devemos usar as armas da compreensão, da tolerância, da colaboração e do compromisso coletivo. Devemos cada um reconhecer nosso papel político e social. Não adianta criticar os políticos e não se engajar nas políticas sociais, não se envolver e buscar soluções adequadas para os problemas da sua casa, da sua rua, do seu bairro. Cada um deve exercer sua cidadania, se importar com o outro colaborando para a pacificação social e entender que suas atitudes egoístas refletem em nossa convivência coletiva.  
Enquanto os ricos encontraram soluções para fugir das suas responsabilidades e se protegem em condomínios, casas vigiadas, com segurança privada, planos de saúde e escolas particulares. O cerco está se fechando e toda a violência está em nossa volta. E como não temos mais para onde ir, uma hora seremos obrigados a encarar.
Todos, mais ricos e mais pobres, adolescentes infratores e policiais, sabem de có e salteado que a solução são as políticas públicas. Não repetirei esse discurso, mas lembro que é necessário sair dos palanques em período eleitoral, dos livros e teses das academias, dos discursos de sociólogos e ativistas sociais, da letra morta da lei e chegar na prática efetiva para as populações mais carentes que não tem acesso, tempo, nem paciência de ler um texto ou de esperar o debate acabar. Assim, partem para guerra que declararam contra eles e ainda querem que nós policiais sejamos os escudos e as armas que os mantenham afastados. 


Cabo Jeoás Santos 
Vice-Presidente Nacional da Associação Nacional dos Praças (ANASPRA) 
cbjeoas@hotmail.com 

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Desmilitarização - Cada dia mais próximo de se tornar realidade

As discussões sobre um NOVO modelo para as instituições que fazem a Segurança Pública, diferentemente do que insistem em afirmar, vem crescendo e ocupando cada vez mais espaço. Não é um debate limitado às Asssociações Representativas de Praças Policiais Militares e Bombeiros Militares já há bastante tempo. Propostas de Emendas à Constituição Federal tramitam no Congresso, sendo originadas em ambas as casas legisltivas, desde 2001.


O mais novo projeto que trata do assunto é proposição do Senador Lindbergh Farias (PR-RJ) e chega para engrossar ainda mais o discurso ampla e fervorosamente defendido por quem, efetivamente, faz a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar funcionarem. 



Os debates acontecem, como disse, já há bastante tempo em ambientes externos aos quartéis, sendo defendido por setores e até mesmo por Gestores Militares. Negar essa necessidade e reduzir o discurso afirmando que "a desmilitarização é a desordem" e que o "sistema é milenar e sempre vai ser assim" é, no mínimo, uma demonstração de incapacidade de análise da realidade social que nos cerca.



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ABM/RN
Trabalhando pelo direito do Bombeiro Potiguar