Depois da chuva que atingiu o Rio de Janeiro na noite desta segunda-feira (5), madrugada e manhã de terça-feira (6) várias regiões da cidade ficaram alagadas. Ônibus, carros e motos ficaram ilhados. Em 14 horas, choveu o dobro da média de abril. Medição foi feia em estações da prefeitura, desde a noite de segunda. Previsão é de mais chuvas até o fim da semana. Defesa Civil contabiliza vítimas no Rio, Niterói, Nilópolis e São Gonçalo. Número de mortes registradas continua subindo. O Governador do Rio Diz que maioria dos mortos estava em áreas de risco. Ele pediu para que a população deixe áreas consideradas inseguras.
Fonte: globo.com
Há vários tipos de inundações:
Inundações repentinas, bruscas ou enxurradas, que ocorrem em regiões de relevo acentuado, montanhoso, como na região Sul do País.
Acontecem pela presença de grande quantidade de água num curto espaço de tempo. São freqüentes em rios de zonas montanhosas com bastante inclinação, vales profundos e muitas vezes as águas de chuva arrastam terra sem vegetação devido aos deslizamentos nas margens dos rios. A grande quantidade de água e materiais arrastados representam, à medida que escoam, grande poder destruidor. Chuvas fortes ou moderadas, mas duradouras (intensas), também podem originar inundações repentinas, quando o solo esgota sua capacidade de infiltração.
- Inundações lentas ou de planície.
Nas enchentes, as águas elevam-se de forma paulatina e previsível; mantêm-se em situação de cheia durante algum tempo e, a seguir, escoam-se gradualmente; Normalmente, as inundações são cíclicas e nitidamente sazonais. Exemplo típico de periodicidade ocorre nas inundações anuais da bacia do rio Amazonas. Ao longo de quase uma centena de anos de observação e registro, caracterizou-se que, na cidade de Manaus, na imensa maioria dos anos, o pico das cheias ocorre em meados de junho.
- Inundações em cidades ou alagamentos.
São águas acumuladas no leito das ruas e nos perímetros urbanos, por fortes precipitações pluviométricas, em cidades com sistemas de drenagem deficientes. Nos alagamentos, o extravasamento das águas depende muito mais de uma drenagem deficiente, que dificulta a vazão das águas acumuladas, do que das precipitações locais. O fenômeno relaciona-se com a redução da infiltração natural nos solos urbanos, a qual é provocada por:
· Compactação e impermeabilização do solo;
· Pavimentação de ruas e construção de calçadas, reduzindo a superfície de infiltração;
· Construção adensada de edificações, que contribuem para reduzir o solo exposto e concentrar o escoamento das águas;
· Desmatamento de encostas e assoreamento dos rios que se desenvolvem no espaço urbano;
· Acumulação de detritos em galerias pluviais, canais de drenagem e cursos d´água;
· Insuficiência da rede de galerias pluviais.
No Brasil, muitas pessoas morrem anualmente pelas inundações. Outras perdem todo o patrimônio familiar alcançado com muitos anos de trabalho e esforço.
É comum a combinação dos dois fenômenos - enxurrada e alagamento - em áreas urbanas acidentadas, como ocorre no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e em cidades serranas.
Em cidades litorâneas, que se desenvolvem em cotas baixas, como Recife e cidades da Baixada Fluminense, a coincidência de marés altas contribui para agravar o problema.
Os alagamentos das cidades normalmente provocam danos materiais e humanos mais intensos que os das enxurradas.
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