Recentemente tomamos conhecimento que um Policial Militar pode ser punido por "falta de camaradagem", por ter efetuado a autuação de um motociclista que, quando abordado em uma barreira policial, teve constatadas algumas irregularidades no que se refere a documentação do veículo e habilitação do condutor. No momento em que foi informado da impossibilidade de continuar o seu percurso, o então motorista infrator, entrou em contato com um Policial seu amigo que, por telefone, determinou ao Policial que trabalhava na barreira policial, que "liberasse" o cidadão. Por ter cumprido a lei e descumprido a "determinação" - sabemos todos que ordem ilegal não se cumpre sob pena de ser responsabilizado pela infração ou dolo decorrente de seu cumprimento - o Policial Militar em questão foi premiado com uma Sindicância que aponta para o cometimento de transgressão disciplinar.
O Curioso é que este não é um fato isolado. A ingerência de personalidades políticas na atuação dos órgãos de segurança publica é uma realidade cotidiana. Muitos operadores da segurança publica trabalham melindrados, com medo de aplicar a lei indistintamente - como deve ser - e ganhar o presente da transferência, e pior, ainda ter que ouvir da autoridade competente que "a corda sempre arrebenta do lado mais fraco".
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