quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Governo do Estado trata Segurança Pública com indiferença

Amanhã (21), às 13h, no Clube Tiradentes soldados, cabos, sargentos e subtenentes da Polícia Militar decidirão em assembléia geral se haverá mobilização por parte da categoria, pois após o prazo de vinte dias dado ao governo estadual para um posicionamento em relação às reivindicações nada ainda foi decidido. “A categoria pede agilidade do governo. Por três vezes a reunião com o secretário de Administração e Recursos Humanos foi remarcada: primeiro seria hoje ao meio-dia, depois passou para as cinco da tarde e agora foi remarcada para amanhã às 10h. Estamos fazendo nossa parte com responsabilidade, o Comando pediu vinte dias e nós demos, agora resta ao Estado atender ao pleito, não aceitaremos tratar a segurança da população com indiferença”, explica o Cabo Jeoás Nascimento dos Santos, presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar/RN.
Ainda de acordo com ele o Governo do Estado tem condições de atender as reinvidicações da categoria. “Estudos realizados pelo DIEESE demonstram um crescimento constante das arrecadações no primeiro semestre. A arrecadação das receitas correntes cresceu nesse período 2,94%, em relação a 2008, e a arrecadação da receita tributária cresceu 7,18% pela mesma variação. Embora as transferências constitucionais relativas ao FPE tenham caído no início do ano, nos últimos meses elas voltaram a crescer numa média de 2,91%. Portanto, o governo não poderá alegar falta de recursos financeiros para atender a categoria”, enfatiza.
Durante a assembléia também será lançada a Campanha Fome Gera Violência que pretende arrecadar alimentos não-perecíveis entre os policiais, familiares e sociedade em geral no período de 21 de agosto a 07 de setembro. Os alimentos serão destinados a instituições de assistência a idosos, crianças e vítimas de violência.

Um comentário:

  1. Acredito que o governo queira ganhar tempo, evitar uma negociação sobre pressão ou mesmo evitar uma mobilização da categoria que possa gerar uma repercurssão na sociedade, fazendo a opinião pública levantar, de certa forma, críticas contra o governo. No entanto, as reivindicações da categoria, que são legais e um direito nosso, já foram esquecidas por muito tempo pelo próprio governo, e não podemos mais acreditar em promessas de um governo de ilusões.

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