Camaradas,
A I Conferência Nacional de Segurança Publica começou oficialmente às 18 horas do dia 27 de agosto. O Presidente da Republica Luís Inácio Lula da Silva abriu a solenidade com um breve discurso onde destacou a importância da iniciativa do governo em promover a Conseg e que, o espaço para os debates era totalmente aberto e democrático "não existe nenhum assunto proibido nesta conferência" disse o Presidente. Os trabalhos começaram efetivamente na sexta-feira, 28 e, diferente do que foi dito na abertura, o espaço para o debate não foi tão democrático quanto o esperado e anunciado. Os 40 grupos de trabalho (GT) divididos nos sete eixos temáticos, apenas aprovaram a síntese dos pricípios elaborados nas mais de 1000 conferências preparatórias. Todo o material produzido pelas mais de 500 mil pessoas nas etapas preparatórias foram compactados em 26 princípios gerais. Cada GT elencou apenas 5, a princípio pelo consenso e, consequentemente, por votação. Já deu para perceber a articulação dos oficiais das Polícias e Corpos de Bombeiros de todo o país. Concentraram esforços na aprovação do Princípio que impede a alteração do Art. 144 da Constituição Federal. Objetivamente a aprovação desta proposta inviabiliza, dentre outras coisas, o encaminhamento da PEC 300 por exemplo. Existe uma clara organização dos Comandantes para brecar e inviabilizar o debate sobre a Desmilitarização - principal polêmica da Conferência. Nós das Associações Representativas de Praças estamos também, nos articulando para garantir nossas demandas. Já nos reunimos com representantes do Piauí, Maranhão, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Santa Catarina. Além das diversas entidades representativas de trabalhadores de outros setores da segurança e da sociedade civil. Os trabalhos estão apenas começando. A tendência é que os debates, que vierem a acontecer, sejam mais acalorados e os embates mais intensos. Para dar uma noção do ambiente: No GT que estou participando no Eixo 7 que trata dos Serviços de Atendimento a Urgências tem 2 Comandantes Gerais de Corpo de Bombeiros, mais dois Coronéis, um Tenente Coronel, um Major, Dois Capitães e uma Tenente. Apenas dois praças estão participando dos debates nesse GT. Este que vos fala e uma Sargento do CBM do Tocantins.
Abraço a todos,
Até Breve,
Rodrigo Maribondo
já era esperado que os oficiais não estariam enteressados na desmilitarização, que conferem a eles super poderes de acusar julgar e condenar, Mas que isso dê mais força aos praças para lutar mais e mais por esta conquista, praça é pai de familia e deve ser respeitado.
ResponderExcluirO incrível seria se os oficiais fossem a favor da desmilitarização!
ResponderExcluirA DESMILITARIZAÇÃO IRÁ GARANTIR QUE O SERVIÇO SEJA BEM PRESTADO, SEM AS FRESCURAS QUE A SOCIEDADE NÃO QUER MAIS VER. A SOCIEDADE QUER VER SERVIÇO BEM PRESTADO, E NÃO AS MUGANGAS DO DIA 07 DE SETEMBRO. BOMBEIRO É PARA SALVAR VIDAS E NÃO PARA FAZER MUGANGA!!
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