Um CD contendo imagens, vídeos e a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso contra 29 militares acusados de praticarem tortura contra alunos do 4º Curso de Tripulante Operacional Multi-Missão, que resultou na morte do soldado Abinoão Soares de Oliveira, foi entregue nesta terça-feira (01.03), em Brasília, à procuradora-geral do Ministério Público Militar, Cláudia Márcia Ramalho Moreira Luz. O MPM pretende encaminhar uma notificação ao Exército, Marinha e Aeronáutica, com recomendações sobre os treinamentos que são oferecidos por estas corporações.
“Sem sombra de dúvidas, o emprego irrazoável da violência na formação de agentes públicos acaba por repercutir na atividade fim de Segurança Pública, haja vista os índices de truculência policial que a todo tempo ganham espaço na mídia nacional”, destacaram os promotores de Justiça Vinícius Gahyva Martins, Ana Cristina Bardusco Silva e Márcia Borges Silva Campos Furlan, em um trecho da denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso.
Além do Ministério Público Militar, a discussão sobre os treinamentos oferecidos por militares também deverá entrar na pauta do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais (CNPG).
DENÚNCIA: Dos 29 militares denunciados pelo Ministério Público Estadual, por meio da 13ª, 14ª e 17ª Promotorias de Justiça Criminal de Cuiabá, nesta terça-feira (01.03), foram requeridas a prisão preventiva de sete. O entendimento do MPE é de que essas pessoas causaram a violação da ordem pública e têm poder para interferir no curso das provas que serão obtidas no decorrer do processo.
São eles: o Ten Cel Heverton Mourett de Oliveira, Major BM Aluísio Metelo Júnior, Cap PM Ricardo Tomas da Silva, 1º Ten PM Arnaldo Ferreira da Silva Neto, 1º Ten PM Carlos Evane da Silva, 1º Ten PM Dulcézio Barros Oliveira e 1º Ten PM Ernesto Xavier de Lima Júnior.
De acordo com a denúncia do MPE, 19 pessoas foram vítimas das torturas praticadas. Os militares envolvidos no curso deverão responder por crime de tortura seguida de morte contra o soldado de Alagoas, Abinoão Soares de Oliveira, e tortura, além da qualificação por ser crime cometido por agente público. A denúncia foi oferecida na Vara Especializada Contra o Crime Organizado, Ordem Tributária e Econômica e Administração Pública de Cuiabá.
Canindé
Está prática é usada com freqüência em cursos militares de todo Brasil. Bombeiros são expostos a determinados treinamentos que muitas vezes chegam ao limite físico e psicológico do ser humano. Treinamentos e humilhações que só fazem com que os militares percam a atitude de agir em determinadas situações. Estando sob pressão são acometidos pelas assombrações e traumas causados pelas horas de treinamentos dentro da caserna. Uma prática comumente usada são os afundamentos (os famosos caldos) que são praticados contra os alunos em formação nos quartéis de bombeiros que tem causado mortes, mas continuam sendo praticados.
Precisamos rever a forma de transmitirmos as instruções. Que devem ser de forma técnica e humana. Sem perdermos tempo com humilhação e assédio moral
Dito popular: "Gato escaldado tem medo de água fria".
O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade.
(Albert Einsten)
E os Direitos Humanos?
quem tem vontade de se especializar desta forma?
ResponderExcluirsó se o cara for masoquista;gostar de apanhar na cara,de gritar as pessoas,etc. sem falar que o que ele aprender,é o que ele vai repassar para a sociedade. sociedade que paga por estes cursos de "especialização".