O incêndio na boate Kiss, na cidade de Santa Maria,
no Rio Grande do Sul, considerado o segundo maior do país e o terceiro do mundo
em casas noturnas, despertou atenção a respeito das normas de segurança em
casas noturnas, bem como em outros estabelecimentos comerciais. Alvará vencido,
equipamentos contra incêndio sem funcionar, superlotação, ausência de portas de
emergência, seguranças despreparados e ganância pelo lucro, foram algumas
irregularidades até agora na boate Kiss, de Santa Maria/RS. No Rio Grande do
Norte, o trabalho de fiscalização é realizado pelo Corpo de Bombeiros e em
Natal, pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo. No entanto, o
efetivo do Corpo de Bombeiros é insuficiente para realizar a fiscalização
constante em todos os estabelecimentos.
O tenente do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do
Norte, Christiano Couceiro, explica que antes de um estabelecimento comercial
abrir é necessária a autorização da Prefeitura e do Corpo de Bombeiros, que
analisa as normas de incêndio e controle de pânico, a fim de garantir a
segurança do estabelecimento dentro da legislação. Esse habite-se do Corpo de
Bombeiros deve ser atualizado anualmente, no entanto, alguns estabelecimentos
acabam não cumprindo essa norma. “Alguns estabelecimentos não se preocupam com
a atualização da vistoria e os equipamentos passam muito tempo sem funcionar,
sem manutenção, o que agrava ainda mais a situação, pois quando os equipamentos
precisam funcionar, não funcionam”, afirmou.
Christiano Couceiro conta que o Corpo de Bombeiros
analisa o projeto do estabelecimento, se as saídas de emergência, sinalização
das saídas, extintores, dentre outros pontos, estão em conformidade. Após a
análise, o Corpo de Bombeiros envia uma equipe de técnicos que visitam o local.
O trabalho é realizado pelo Serviço Técnico de Engenharia do Corpo de
Bombeiros, que funciona além de Natal, em Mossoró e Caicó.
No entanto, esse trabalho não é realizado de forma
regular, pois o efetivo dos profissionais do Serviço Técnico de Engenharia é insuficiente
para realizar essa fiscalização sistemática. “Hoje, o efetivo está focado para
atender a nova demanda de licenças, que é alta”, afirmou Tenente Couceiro.
Apesar da deficiência do efetivo, o Corpo de Bombeiros realiza, anualmente, uma
fiscalização preventiva integrada, que ocorre em parceria com o Ministério
Público e com o CREA/RN. Couceiro disse que a Secretaria Estadual de Segurança
Pública está elaborando o Plano Estadual de Segurança Pública, que prevê
melhoria do Serviço Técnico de Engenharia do CB.
Veja na integra através do link:
http://jornaldehoje.com.br/corpo-de-bombeiros-nao-tem-efetivo-suficiente-para-realizar-fiscalizacao-em-estabelecimentos/
Fonte: JH online - Por: Roberto Campello - Data:
28 janeiro 2013
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