Os acidentes, ou lesões não intencionais, representam a principal
causa de morte de crianças de 1 a 14 anos no Brasil, vítimas de acidentes que
poderiam ser facilmente evitados por cuidados básicos por parte dos adultos. No
total, cerca de 4,7 mil crianças morrem e 125 mil são hospitalizadas
anualmente, segundo dados do Ministério da Saúde, configurando-se como uma
séria questão de saúde pública. Nesta época do ano, com o retorno às aulas, o índice de acidentes
é elevado.
De acordo com o Comandante Geral do Corpo de Bombeiros do RN,
Coronel Elizeu Lisboa Dantas, diversos são os fatores que influenciam para o
aumento do índice de acidentes com crianças neste período.
"O número elevado de viagens no trânsito; a interação em
socialização no âmbito escolar; alimentação em ambientes externos à residência;
mais tempo fora de seu ambiente familiar e envolvendo-se em atividades desempenhadas
na recreação, no deslocamento de casa à escola e vice-versa, são algumas das
motivações que contribuem com o aumento dos acidentes envolvendo crianças e
adolescentes, na faixa etária de até 14 anos"”, disse o Coronel Elizeu
Dantas.
Buscando diminuir esta estatística, o
Corpo de Bombeiros está divulgando as dicas de segurança abaixo:
Acidentes automobilísticos:
Dentre os acidentes que mais ocorrem, certamente os de trânsito
são os que estão no topo da lista em números absolutos. Pois, geralmente, os
pais se deslocam em direção ao trabalho e aproveitam para levarem seus filhos
para as escolas.
Cuidados na hora de levar os filhos na
escola ao andar de carro
Dirija com atenção e redobre o cuidado ao transportar crianças;
Não deixe as crianças colocarem as mãos, braços ou a cabeça para
fora da janela;
Abra o vidro apenas o suficiente para ventilar;
Condutor e passageiros devem sempre usar o cinto de segurança;
As crianças com idade inferior a dez anos devem ser transportadas
nos bancos traseiros;
O embarque e desembarque devem ocorrer sempre do lado da calçada,
exceto para o condutor;
Evite deixar crianças sozinhas no carro. Se for mesmo necessário,
deixe o veículo engrenado e sem a chave. Puxe o freio de mão e volte rápido;
Ao apanhar seu filho na escola, não forme fila dupla. Procure um
local mais próximo e estacione regularmente;
Se residir perto da escola, deixe o carro e caminhe um pouco.
Ao andar no ônibus
Permaneça sempre sentado, sem colocar braço e cabeça para fora;
Subir e descer de ônibus em movimento é perigoso. Espere ele
parar;
Ao atravessar a rua
Olhe para os dois lados;
Use sempre a faixa de segurança;
Atravesse em linha reta sem correr;
Evite atravessar na frente ou atrás de automóveis, ônibus e
caminhões pesados;
Siga as orientações do agente de trânsito;
À noite e em dias chuvosos, use roupas claras, para ser mais visto
pelos motoristas.
Cuidados com a cadeirinha para crianças menores de dez anos
Usar cadeira apropriada para a idade e tamanho;
Se certificar de que a cadeirinha está bem instalada no banco do
carro e de que a criança está acomodada com segurança;
Lembrar que, crianças no banco da frente, só a partir de dez anos.
Crianças esquecidas no interior de
veículos:
A alta temperatura aliada à falta de oxigênio dentro de um carro fechado, especialmente para o organismo de criança, causa asfixia, desidratação e a dilatação dos vasos sangüíneos, podem provocar a perda de consciência e parada cardíaca e, consequentemente, a morte.
Vistoria de transporte escolar:
Outra dica importante para os pais, cujos filhos utilizam o transporte escolar, é para que fiquem atentos se o veículo esta com a documentação em dia, com o Detran, o que comprovará que o mesmo foi vistoriado pelo órgão.
Também é bom comprovar a idoneidade de quem está na direção do
veículo.
Excesso de carga
Estima-se que 80% da população mundial sofram de dor nas costas
(lombalgia), que é considerada a segunda causa de afastamento temporário do
trabalho no Brasil. Para se evitar este mal, é viável começar as correções
posturais e a se cuidar cada vez mais cedo, preferencialmente desde a infância.
Existem situações comuns na vida do estudante, que se não forem
corrigidas podem resultar em lesões e dores na coluna, comprometendo a saúde e
a qualidade de vida. Tais como: Carregar pesadas mochilas nas costas; estudar
jogado na cama ou apertado em um banco de ônibus; passar horas sentado diante
de um computador.
Muitos acidentes envolvendo crianças
acontecem nos playgrounds.
Os acidentes mais frequentes são tratados apenas com um curativo. Mas há casos de crianças que quebram um braço ou uma perna ao cair de um escorregador.
Os acidentes mais frequentes são tratados apenas com um curativo. Mas há casos de crianças que quebram um braço ou uma perna ao cair de um escorregador.
O balanço é, de longe, o que exige maiores
cuidados, machucando, praticamente, um terço das crianças acidentadas. O
acidente mais frequente é a queda. O segundo é a criança ser atingida na cabeça
pela cadeirinha. Outros brinquedos perigosos são as barras para escalar e o
escorregador;
Para este melhor proveito destes ambientes, bastam que alguns
cuidados sejam respeitados, tais como:
Sempre ao brincar as crianças tem que estarem sob a supervisão de
um adulto;
Evitar que crianças brincando com bola, com skate ou com
bicicleta, fiquem perto parquinho. Imagine-a passando de bicicleta atrás de um
balanço, certamente teria um acidente grave;
Duas ou mais crianças não devem ficar no mesmo
assento do balanço ou da gangorra. A falta de espaço aumenta o risco de queda;
O adulto deve supervisionar as condições físicas dos brinquedos,
atentando para as pontas dos parafusos utilizados nos brinquedos para que
estejam sempre protegidas, para não ferir a pele das crianças e para
extremidades que, necessariamente tem que serem arredondadas e sem quinas
vivas.
Ao brincar no escorregador, a criança terá de cair num piso de
areia fina, de borracha ou de cortiça. São materiais que amortecem melhor o
impacto da queda.
O balanço deve ficar distante dos outros brinquedos, de
preferência protegido por uma cerca. A cadeirinha deve ter encosto, para
diminuir o risco de uma queda pra trás;
As barras para escalar devem possuir um diâmetro proporcional à
pegada da criança, pois se forem muito grossas, a criança terá dificuldade de
segurar com firmeza. Se forem finas demais, faltará apoio para os pés e o risco
de escorregões será maior;
Nos escorregadores, as escadas devem ter corrimãos e, no topo do
escorregador, deve ser instalada uma grade de proteção alta o suficiente para a
criança se segurar;
A gangorra deve ficar no máximo a 1 metro de distância do chão.
Deve ter uma alça, para a criança se segurar com firmeza. Os melhores modelos
têm uma cadeira para aumentar o conforto e a segurança;
Os pisos de grama, cimento e terra batida não são recomendados,
principalmente em brinquedos com o escorregador e o balanço. Os indicados são
os de borracha, os de cortiça e as caixas de areia fina.
Fonte: Imprensa CBM-RN
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